segunda-feira, 11 de maio de 2009

REA: Portas abertas ao conhecimento



We want to infect you with the dream that anyone can become part of a new movement with the potential to change the world of education: A movement that can redefine forever how knowledge is created and used. 

Bringing open resources to textbooks and teaching Jimmy Wales,Rich Baraniuk

  Tendo por base a convicção de que cada um  deve ter a liberdade de utilizar, personalizar, melhorar e redistribuir os recursos educativos  sem constrangimentos, o movimento que protagoniza a formação aberta combina a tradição antiga da partilha das melhores ideias entre colegas com  a cultura colaborativa  e interactiva da Internet.

É com esse intuito que formadores, aprendentes e todos os que partilham desta convicção se aliam ao esforço mundial de tornar a formação ao mesmo tempo mais acessível e eficiente.

Neste momento em todo o mundo, formadores/professores desenvolvem vários conjuntos de recursos educativos abertos e gratuitos na Internet. Estas pessoas contribuíram e contribuem para que cada indivíduo possa aceder e colaborar no conjunto do “conhecimento humano”. Empenham-se também no desenvolvimento e consolidação de uma nova pedagogia em que formadores e aprendentes criam, formatam e fazer evoluir o Saber, aprofundando assim progressivamente  as suas competências e compreensão.

  Hoje em dia podemos já dizer que  estão criadas já condições para que qualquer um em qualquer lugar possa criar, modificar, adaptar e publicar o seu próprio curso ou livro porque as licenças abertas o permitem fazer legalmente. 

 .the existing copyright regime is probably the most serious barrier to faster growth of the OER movement and possibly to the use of information technology in education generally.”

 Les ressources éducatives en libre accès possèdent sans aucun doute un grand potentiel. Leur développement soutenu nécessitera des politiques gouvernementales solides et novatrices que le CERI contribuera à favoriser par ses travaux sur les ressources pédagogiques numériques.

  • Estes projectos podem facilitar o acesso ao ensino superior de estudantes que normalmente não lhe acedem
  • Proporcionam a aproximação dos ensinos não formal, institucional e extra-escolar.
  • Podem constituir uma boa maneira de encorajar a aprendizagem ao longo da vida

“OER is not only a fascinating technological development and potentially a major educational tool. It accelerates the blurring of formal and informal learning, and of educational and broader cultural activities. It raises basic philosophical issues to do with the nature of ownership, with the validation of knowledge and with concepts such as altruism and collective goods. It reaches into issues of property and its distribution across the globe. It offers the prospect of a radically new approach to the sharing of knowledge, at a time when effective use of knowledge is seen more and more as the key to economic success, for both individuals and nations.”

http://www.johnconnell.co.uk/blog/?p=373 baseado na análise do livro: ”Giving Knowledge for Free: The Emergence of Open Educational Resources”

 

 

 Recensão crítica sobre OER/REA

Bibliografia :

http://travelinedman.blogspot.com/2009/04/why-share-and-how-can-oer-and-ocw.html

http://www.johnconnell.co.uk/blog/?p=373

http://www.johnconnell.co.uk/blog/?p=422

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http://www.oecd.org/document/41/0,3343,en_2649_35845581_38659497_1_1_1_1,00.html

http://www.project-syndicate.org/commentary/wales1

http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/469/1001



 

4 comentários:

  1. Olá Teresa, o teu post reforça a ideia de que o movimento dos recursos educacionais abertos veio revolucionar o ensino, tornando-o mais acessível, eficiente e com custos reduzidos. A Tecnologia também surge como grande impulsionadora do ensino e da educação livres, só é pena não estar acessível a todos, pois para quem tem acesso a ela o ensino torna-se intemporal, sem fronteiras e ilimitado.
    As questões económicas constituem uma entrave ao ensino aberto, bem como, as questões das licenças, que por vezes não são o suficientemente claras para que os recursos possam ser utilizados como livres e sem causarem problemas legais.
    Vários autores referem que a construção do conhecimento deve ser livre, de acesso a todos e gratuito, mas eu penso que esta questão é muito mais complexa.
    Normalmente, todo aquele que acede aos recursos educacionais livres e ao ensino aberto acaba por posteriormente, ser ele mesmo um impulsionador deste movimento, o que faz com que cada vez mais os indivíduos fiquem sensíveis à utilização dos recursos abertos, colocando os seus materiais à disposição de todos sem quaisquer restrições, ou seja, totalmente livres.
    Em Portugal, o movimento dos recursos educacionais abertos não é muito divulgado e as suas orientações ficam por vezes um pouco esquecidas, o mesmo não se passa no E.U.A., onde este movimento se encontra em grande expansão, até mesmo porque foi aí que se começou a falar em conteúdos abertos, e posteriormente em recursos abertos virados para o ensino.

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  2. Boa noite Teresa,concordo com os argumentos que referiste. Eu acrescentava mais um argumento, o da questão política, muitos países continuam de portas fechadas ao exterior. Países em que as liberdades e direitos continuam a ser limitadas, não podem abrir esta porta (REA), ou então mantêm-na condicionada com sistemas de filtragem de informação, porque sabem que poderão caminhar para a falência do seu regime se a abrirem, este é um problema que terá "alguma" dificuldade em ser ultrapassado.

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  3. Olá Teresa,

    Na verdade estamos perante uma nova Economia, uma nova realidade. Será que os estudantes estão
    preparados para fazer face à procura crescente das empresas relativamente aos seus conhecimentos, às suas competências. Um elemento essencial da formação dos jovens, tendo em vista a obtenção de emprego, é a formação recebida através do sistema educativo. Será que ele soube adaptar-se perante as mudanças económicas, sociais e tecnológicas. Em muitos países os sistemas educativos não são capazes de se adaptar aos mercados de trabalho, será o nosso um deles. Agora o formador passou a ter o papel de tutor ou acompanhante pronto a ajudar os seus alunos a moverem-se numa base de conhecimentos e a partilharem o seu saber. Esta partilha de saberes pode ser feita através da partilha dos seus próprios recursos educativos. O aluno,em cooperação com os seus colegas, fica com a responsabilidade da sua própria formação e constrói activamente os seus conhecimentos. A criação desse saber, pode ser feita através da construção dos seus próprios recursos educativos. Este saber pode ser partilhado, adaptado, reeditado...etc. Será que as escolas estão a dar o devido valor às potencialidades dos REA. As tecnologias de aprendizagem permitem oferecer uma formação simultânea, interactiva e individualizada, ou seja, adaptada ao ritmo de aprendizagem dos alunos. As escolas têm de conseguir identificar as novas necessidades de formação, e saber se estarão aptas a dar-lhes resposta. As nossas escolas podem não estar preparadas para adaptar este nosso conceito dos REA e isso depende muito de quem manda. A escola tem de ser capaz de incentivar os professores à partilha dos seus recursos. É com esta partilha que vamos construir um saber melhor.

    Mónica Velosa

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  4. Teresa Rafael,

    Gostei particularmente da sua citação inicial pois também eu partilho do sonho de vir a pertencer a um movimento que possa redefinir para sempre como o conhecimento é criado e usado. Foi este sonho que me trouxe a este mestrado.

    A abordagem que faz no seu post demonstra como os OER's podm contribuir para a democratização do ensino e para o aparecimento de um novo paradigma no processo ensino-aprendizagem onde o conhecimento deixa de ser transmitido para ser construído.

    Por outro lado alerta-nos para o lado menos positivo do OER´s que é a sua dependência do acesso a "tecnologias abertas" que se pode traduzir numa limitação à globalização do conhecimento. Realça também a falta de sensibilidade e resistência à promoção, desenvolvimento e utilização dos OER´s. Cita ainda a resistência por ignorância e, se me permite, acrescentaria o medo dos professores face aos OER's e á utilização das ferramentas e tecnologias que envolvem.

    No entanto o novo paradigma que emerge no sistema de ensino aprendizagem, estou convicto, que será em breve uma realidade pois as condições estão a ser criadas e as perspectivas revolucionárias que refere, bem como as vantagens que enuncia irão prevalecer.

    Rui Guimarães

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