A tecnologia não determina a sociedade, incorpora-a.
Castells
Hoje, em conversa "de intervalo em sala de professores", apanhei "en passant" uma conversa que me fez (re)conhecer mais um fenómenos da ciberculturalidade- Susan Boyle.
De facto, a emergência desta escocesa para as "Luzes da Ribalta Sociais" poderá ser considerada mais um fruto/fenómeno da "era tecnológico-mediática".
Não fossem as novas tecnologias, os novos "concursos de e para as massas" e a voz cristalina e "sui generis" de Susan Boyle nunca conheceria a fama.
De notar que, ao contrário de Ana Free, uma jovem nascida e criada "dentro da tecnologia", Susan Boyle é uma "aldeã" escocesa de 47 anos "nascida e criada" na era da TV. Em comum têm um sonho e o facto de saberem quais os meios para o concretizar.
Indirectamente estas duas mulheres acabam por ser o simbolo/exemplo acabado de duas etapas da evolução social a que se refere Castells: a era informacional e a era da internet (informação/conhecimento). Ambas usam os meios que mais facilmente as ajudam a realizar o seu "desejo"... como fizeram Luter King; Hitler; Obama e tantos outros "sonhadores"...
E termino com Castells: " É claro que a tecnologia não determina a sociedade. Nem a sociedade escreve o curso da transformação tecnológica, uma vez que muitos factores, inclusive criatividade e iniciativa intervêm no processo de descoberta científica, inovação tecnológica e nas práticas sociais, de forma que o resultado final depende de um complexo padrão interactivo."
(...) A tecnologia não determina a sociedade, incorpora-a. Mas nem a sociedade determina a inovação tecnológica: usa-a. (Castells;" Sociedade em Rede" p. 6)
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