domingo, 31 de maio de 2009

Desgustar


Na minha juventude havia tempo para tudo: para estudar, para brincar, para ler e mesmo para “sentir o despertar dos sentidos”.
Hoje, pese embora todos os progressos que muito me aprazem, a juventude não tem tempo para degustar


Tudo é feito objectiva, rápida e eficazmente produzido e delineado de preferência com vista a uma meta, muitas vezes apenas vislumbrada, desejada ou imaginada. E não são apenas as coisas que já não têm sabor, somos nós que não as sabemos saborear porque para tudo é preciso tempo …gosto e…amor.

Na minha busca de REA e respectiva aplicação didáctico-pedagógica senti mais uma vez a revolta de não encontrar nada (ou quase nada) em português de Portugal. Em contrapartida, no Brasil produz-se em quantidade e qualidade e para as diferentes faixas etárias.

- Porque não nós? – Foi a pergunta que me fiz pela milionésima vez. Ocorreu-me a questão do acordo ortográfico que por cá continua “mudo e quedo”, apesar de assinado e em plena aplicação do outro lado do mar…


E com este misto de tristeza, revolta e alguma impotência, resolvi (graças a uma miraculosa prorrogação de prazo de entrega de trabalho que agora ultimo), insistir na procura e teimosamente continuar a ser uma guardiã da língua. Caso seja bem sucedida, terei o prazer do contágio no degustar de “coisas” por parte daqueles que, por este andar, nem saberão o que é “dar tempo ao tempo” e ter o prazer …neste caso … “de ter um livro para ler”.

Pelo que atrás foi dito, a selecção que fiz tem como principais objectivos promover o prazer da leitura, estimular a criação de textos/histórias e zelar pela Língua Portuguesa.

RECURSOS:
  • Livros digitais:
http://e-livros.clube-de-leituras.pt/index.php

  • Jogo do acordo ortográfico:
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=revista_educarede.especiais&id_especial=403

  • Software para criação de histórias:
http://en.wikipedia.org/wiki/Wiki
http://www.doink.com/explore
http://www.wikispaces.com/
http://www.hagaque.cjb.net/


JUSTIFICAÇÃO:
  • Os livros apresentados estão muito bem conseguidos a todos os níveis sendo muito atractivos।Além disso, servem de base a toda uma série de actividades que levam à mestria da língua. Pela sua temática diversificada, promovem o desenvolvimento do ser social e da cidadania. São um óptimo meio de combate à iliteracia.
  • O gosto pelo saber é, ou deve ser, uma das características fundamentais da escola e deve ser fomentado sobretudo nas camadas mais jovens.
  • Até pelo seu carácter lúdico, a escrita colaborativa se revela uma ferramenta ideal para estas práticas.


APLICAÇÃO:


  • Livros digitais
Atendendo a que é política do governo instalar em todas as salas de aula vídeo projectores, aproveitaríamos o facto para Ir à biblioteca digital ler um livro que pode ser :

Qualquer uma destas hipóteses permite vários tipos de exploração -pedagógicas, podendo o professor pura e simplesmente prosseguir o objectivo "degustar" ou dirigir as actividades para aspectos mais específicos da realidade que tem pela frente e que pretende de algum modo enriquecer/ modificar.

Alguns livros permitem-lhe ainda aproveitar e explorar fichas de trabalho elaboradas para o efeito pelos autores/ ME no âmbito de vários projectos nomeadamente no projecto ler+.

De notar que este tipo de livros, além de continuarem a ser gráficos (no sentido tradicional do termo) apresentam a possibilidade de ser também ouvidos sendo que todos os aspectos são extremamente cuidados.



As regras
  • O desafio do jogo é levar o peão até o final do tabuleiro. Para cada casa que se avança, surge uma nova pergunta sobre as mudanças ortográficas. Ao todo, são 50 questões e 25 casas a serem percorridas. Se o jogador errar a pergunta, tem a chance de respondê-la novamente.
  • Com este jogo os alunos, de uma forma lúdica vão-se apercebendo das novas regras/ dirferenças e, no calor do jogo auto corrigem-se e corrigem-se mutuamente A competitividade fá-los-á querer saber mais. Tal facto será posteriormente aproveitado para mostrar o historial do acordo e provocar o debate Prós e Contras.
  • Como ambos os textos estão em Português do Brasil, tal pode ser sempre aproveitado para " passar" para português de Portugal, ou verificar se já está escrito em função do novo acordo.
  • Poderá também ser trabalhada a noção de debate e reforçada a necessidade de regras para que um debate surta efeito

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO

Será a partir deste texto que os alunos elaborarão uma banda desenhada ou um folheto de divulgação onde constarão as questões mais frequentes relativas ao acordo ortográfico.

O facto de ser uma banda desenhada e de poder ser divulgada extramuros da escola, acarreta normalmente consigo grande entusiasmo, participação e empenho.


  • Criação de uma história ou pequeno livro explicativo
Através de:e/ouUsando:- Com este software, os alunos podem construir os seus trabalhos de forma mais livre, confortável e tranquila.

- A escrita colaborativa em wiki é muito motivadora principalmente porque se assemelha a alguns programas que os alunos utilizam nos seus tempos livres com os amigos.

- Por outro lado acabam por sentir que têm algo de importante (pelo seu carácter público) e seu na Net, o que lhes pode aumentar a criatividade e faz sentir a necessidade de dominar instrumentos, nomeadamente a língua portuguesa.

- Inspirados no que leram/ouviram contar, os alunos podem criar as suas próprias histórias (individuais ou de grupo), ilustrá-las, animá-las e publicá-las.

- Criando uma Banda Desenhada/ animação sobre as FAQ do acordo ortográfico, podem desenvolver actividades diversas envolvendo a turma, a classe e a comunidade.




quarta-feira, 27 de maio de 2009

D.Fernando





D. Fernando









Para onde foi a glória?

Por que escondemos a glória?

Foi tarefa inglória?

... e agora glória?






segunda-feira, 11 de maio de 2009

REA: Portas abertas ao conhecimento



We want to infect you with the dream that anyone can become part of a new movement with the potential to change the world of education: A movement that can redefine forever how knowledge is created and used. 

Bringing open resources to textbooks and teaching Jimmy Wales,Rich Baraniuk

  Tendo por base a convicção de que cada um  deve ter a liberdade de utilizar, personalizar, melhorar e redistribuir os recursos educativos  sem constrangimentos, o movimento que protagoniza a formação aberta combina a tradição antiga da partilha das melhores ideias entre colegas com  a cultura colaborativa  e interactiva da Internet.

É com esse intuito que formadores, aprendentes e todos os que partilham desta convicção se aliam ao esforço mundial de tornar a formação ao mesmo tempo mais acessível e eficiente.

Neste momento em todo o mundo, formadores/professores desenvolvem vários conjuntos de recursos educativos abertos e gratuitos na Internet. Estas pessoas contribuíram e contribuem para que cada indivíduo possa aceder e colaborar no conjunto do “conhecimento humano”. Empenham-se também no desenvolvimento e consolidação de uma nova pedagogia em que formadores e aprendentes criam, formatam e fazer evoluir o Saber, aprofundando assim progressivamente  as suas competências e compreensão.

  Hoje em dia podemos já dizer que  estão criadas já condições para que qualquer um em qualquer lugar possa criar, modificar, adaptar e publicar o seu próprio curso ou livro porque as licenças abertas o permitem fazer legalmente. 

 .the existing copyright regime is probably the most serious barrier to faster growth of the OER movement and possibly to the use of information technology in education generally.”

 Les ressources éducatives en libre accès possèdent sans aucun doute un grand potentiel. Leur développement soutenu nécessitera des politiques gouvernementales solides et novatrices que le CERI contribuera à favoriser par ses travaux sur les ressources pédagogiques numériques.

  • Estes projectos podem facilitar o acesso ao ensino superior de estudantes que normalmente não lhe acedem
  • Proporcionam a aproximação dos ensinos não formal, institucional e extra-escolar.
  • Podem constituir uma boa maneira de encorajar a aprendizagem ao longo da vida

“OER is not only a fascinating technological development and potentially a major educational tool. It accelerates the blurring of formal and informal learning, and of educational and broader cultural activities. It raises basic philosophical issues to do with the nature of ownership, with the validation of knowledge and with concepts such as altruism and collective goods. It reaches into issues of property and its distribution across the globe. It offers the prospect of a radically new approach to the sharing of knowledge, at a time when effective use of knowledge is seen more and more as the key to economic success, for both individuals and nations.”

http://www.johnconnell.co.uk/blog/?p=373 baseado na análise do livro: ”Giving Knowledge for Free: The Emergence of Open Educational Resources”

 

 

 Recensão crítica sobre OER/REA

Bibliografia :

http://travelinedman.blogspot.com/2009/04/why-share-and-how-can-oer-and-ocw.html

http://www.johnconnell.co.uk/blog/?p=373

http://www.johnconnell.co.uk/blog/?p=422

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http://www.oecd.org/document/41/0,3343,en_2649_35845581_38659497_1_1_1_1,00.html

http://www.project-syndicate.org/commentary/wales1

http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/469/1001



 

sábado, 9 de maio de 2009

Lifelong Student



Open Educational Resources are defined as “technology-enabled, open provision of educational resources for consultation, use and adaptation by a community of users for non-commercial purposes.” They are typically made freely available over the Web or the Internet. Their principal use is by teachers and educational institutions support course development, but they can also be used directly by students. Open Educational Resources include learning objects such as lecture material, references and readings, simulations, experiments and demonstrations, as well as syllabi, curricula and teachers' guides. (UNESCO, 2005)

   A ideia de compartilhar o conhecimento criado nas instituições de educação superior não demorou em aparecer no mundo virtual, uma vez que, como criadora e impulsora de conhecimento, um dos objectivos da universidade é torná-lo acessível à sociedade.

As melhorias da e na rede foram permitindo uma maior comunicação entre pesquisadores e responsáveis educativos e criadores. Nos últimos anos, principalmente, verificou-se a troca de informação entre comunidades com interesses comuns que a tornaram acessível a partir de qualquer ponto. Foi assim que surgiram os conteúdos abertos na universidade, se dissemimaram por outros níveis de ensino e incrementaram a Lifelong Education.

 

 Precisamente por ser a lifelong student e por saber que o futuro aponta para que cada vez mais seja necessário adoptar a postura de “eterno aprendente”, que escolhi também este post.

Aqui, não só são apontados endereços para sites de interesse, como são fornecidos elementos valiosos para o selfstudent. A demonstrar a “boa vontade” inerente a quem comunga deste "espírito de liberdade”, estão os muitos e diversificados conselhos e incentivos que são dados ao estudante.

Para complemento, parece-me ser também muito adequado o site: OEDb: Online Education Database que fornece vários caminhos para alcançar os objectivos de quem o procura.

 

 

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dreams can be true




Há uma filosofia inerente aos REA  tal como existe para o movimento do software livre



Durante a minha pesquisa por várias vezes deparei com entusiásticos defensores  que mostravam orgulhosamente os progressos alcançados.

Foi seguindo o rasto destes “gurus“ que baseei a minha escolha. Assim destaco, entre os muitos links que não consegui deixar de fazer:

Cape town Open Education  Declaration http://www.capetowndeclaration.org/read-the-declaration

Wikipedia   http://.wikipedia.org/

  

 Creative Commons http://creativecommons.org/

 

  Porque o sonho comanda a vida, a educação, e sobretudo a educação à distância, têm sofrido rápidas,  diversas e importantes alterações. Com efeito, os factores que a limitavam e que se relacionavam sobretudo com os custos de produção, reprodução, distribuição e comunicação passaram a ser praticamente inexistentes. A partir do momento em que, por parte de entusiastas e sonhadores diversos aos quais se aliaram instituições e outros organismos, foi levado à prática o artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos do Homem, segundo o qual toda a gente tem direito à educação, a Educação à Distância conheceu um grande incremento. 

A disponibilização  de Recursos Educativos Abertos -  fruto da vontade de criar usar reciclar  reutilizar e distribuir - ,permite que um curso até aqui dispendioso, e por isso mesmo de acesso limitado, passe a poder ser enviado electronicamente ou colocado on line permitindo assim  o acesso a um muito maior número de estudantes. E o reduzido custo destes cursos proporciona, como é evidente, uma maior e melhor qualidade dos mesmos. (cf.John Connell: The Blog)

Graças às novas tecnologias e às novas práticas legais permitidas pela implementação de diversos tipos de licenças aos recursos utilizados/criados, caminha-se a passos largos para a universalidade da educação.

Utilizados em muitas universidades, os Open CourseWare (colecção digital de materiais  organizados como cursos (OCW)  são hoje uma realidade que permite o acesso  gratuito a milhares de estudantes em todo o mundo.

 Destacam-se a esse nível projectos como o Projecto Gutemberg; Wikipédia, Creative Commons entre as mais “visiveis”. É cada vez maior  o número de apdeptos /participantes neste “movimento” 


Yes i’m a realistic dreamer

REA/software livre -  a expressão de um ideal

Até há bem pouco tempo, quase nada sabia acerca de software livre e muito menos de Recursos Educativos Abertos. Apenas me juntava ao coro dos professores que reclamavam porque as escolas se equipavam com o "Open Office” o que tornava tarefas informáticas tão simples como formatar um texto, num autêntico quebra-cabeças.

Também no que respeita aos REA estava pouco e mal informada. De facto, não se trata apenas "daquela estranha plataforma moodle" que em acções de formação ad-hoc nos tentam convencer a usar nas escolas para o bem do saber das nossas crianças e para, pelo menos, as manter mais interessadas. Claro que não me refiro ao ensino universitário -  outro mundo (o do saber) onde as coisas são "sério" e a maturidade apresenta dividendos.

As novas tecnologias entraram em todas as realidades da vida, instalaram-se e vieram para ficar. E não se pode (ou não se deve) fugir ao futuro...além de que, pelo menos no que respeita ao ensino, o futuro passa necessariamente pelo e-learning.

Senão vejamos o que nos diz Rich Baraniuk  que, para além de um  "determinado sonhador" em constante luta pela implementação do seu sonho, é, juntamente com Jimy Wales, é um  dos responsáveis pela  actual "Open Education Revolution":  

  We want to infect you with the dream that anyone can become part of a new movement with the potential to change the world of education: A movement that can redefine forever how knowledge is created and used. 

Bringing open resources to textbooks and teaching Jimmy Wales,Rich Baraniuk

 http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2008/01/22/EDRTUJ346.DTL

  • Qualquer um em qualquer lugar possa criar, modificar, adaptar e publicar o seu próprio curso ou livro porque as licenças abertas o permitem fazer legalmente.