Tenho andado a pesquisar sobre storytelling (digital) como factor de motivação e potenciador da criatividade/expressividade dos alunos/aprendentes, que, ao se transformarem em contadores de histórias têm que primeiro ter investigado, depois entendido e depois “recontado” de preferência de forma inovadora.
Baseio-me muito na minha experiência de segundo ciclo que já está no segundo ano lectivo. Apercebi-me também de que parte do sucesso que tenho obtido se deve muito ao pouco acompanhamento que os alunos têm em casa e ao facto de as “histórias” poderem ir de encontro aos assuntos que são sujeito da sua curiosidade, mas que muitas vezes não têm coragem em abordar. Muito do que apreendo também pode estar apenas relacionado com uma realidade suburbana, mas apenas vislumbrei (armazenei no computador) alguns textos de autores portugueses e relacionados com a realidade portuguesa. Claro que os norte americanos e não só desenvolveram muitos estudos e actividades baseadas no storytelling, mas esses seriam talvez mais propícios para elaborar um estudo comprovativo de como o storytelling ( juntamente com uma adequada exploração do mobilelearning) poderiam constituir grande parte da solução para o problema dos alunos que não gostam da escola e que, devido a factores como idade e comportamento se encontram a frequentar cursos profissionalizantes com currículo próprio). Seria viável um estudo de caso?
Outra questão que tem “ bailado muito na minha cabeça” (principalmente quando carrego diariamente o meu laptop de 3kg para as aulas) é: para quê tudo isto se estão aí os ecrãs virtuais, se ao meu lado no avião foi um individuo todo o tempo do voo a ler um e-book... quando o Ipad daqui a pouco tempo pode (vai?) perfeita e confortavelmente substituir cadernos e livros em papel. Já me é tão agradável poder projectar no quadro o manual em uso!
Pode ser então verdadeira (comprovada por um estudo que ainda não tive oportunidade de analisar) a afirmação de que as NTIC longe de ajudarem à aprendizagem a têm prejudicado pois os alunos deixam de pensar escrever etc. Poderemos negar uma realidade que já vislumbramos e, pelo menos no nosso inconsciente , damos como certa? Ou estaremos apenas a ser “ Velhos do Restelo?
A experiência que tenho diz-me: como qualquer medicamento, a pedagogia tem que ser “administrada criteriosamente” e isso inclui as NTIC e sobretudo o uso que se faz delas.
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